Na época que corresponde a chegada dos primeiros europeus e seus descendentes, predominavam na região de Floriano Peixoto as tribos do grupo tupi-guarani e caingangue. Entre os anos de 1626 e 1637, a Companhia Jesuíta estabeleceu alguns pontos avançados nas terras que viriam a compor, mais de dois séculos depois, o território do município de Passo Fundo, segundo informações no site do município.
Apesar do tratado de Santo Ildefonso instaurado na segunda metade do século 18, o território que viria a constituir o município de Passo Fundo permaneceu, de fato, até o final do mesmo século, como "terra de ninguém".
A partir do estabelecimento da ligação entre o povoado de Passo Fundo e Nonoai, pela margem direita do Rio Uruguai, os luso-brasileiros partiram em direção ao território que futuramente viria a constituir o município de Getúlio Vargas.
No dia 8 de fevereiro de 1898 ocorreu a inauguração do ramal férreo até Passo Fundo, que estendia até Coxilha, após chegou a Estação de Erexim, que em 1938 viria a se denominar Getúlio Vargas. A construção desta ferrovia colocou a região em contato com o Brasil, consequentemente, o território do atual município de Floriano Peixoto, também localizado nesta região, veio a sofrer influências significativas em sua formação, ocupação e desenvolvimento.
Indígenas
As terras florianenses contaram com a presença de indígenas a partir do século dois depois de cristo, esses índios viviam em casas subterrâneas. Conforme pesquisas, relatos obtidos e vestígios encontrados na região, podemos constatar a presença de índios no território do atual município de Floriano Peixoto, que antecedem os tempos de sua colonização. Mais, precisamente, na comunidade de São João Usina, podemos encontrar, ainda em estado natural, apesar das transformações devido ao tempo, três antigas habitações indígenas.
Imigrantes
A ocupação do território que compreende o município contou em parte com a vinda de imigrantes europeus, na sua maioria de origem alemã, italiana e polonesa. Imigrantes estes que vieram em busca de terras férteis e melhores condições de vida. A 1ª e a 2ª Guerra Mundial foram eventos que levaram muitos imigrantes abandonarem seus países de origem. As travessias com destino ao Brasil, eram realizadas por navios veleiros que levavam de semanas a meses. Nestas viagens morriam muitas pessoas, principalmente, crianças e idosos.
Entretanto, a ocupação do centro-norte do Estado do Rio Grande do Sul, por parte de imigrantes europeus, teve início bem antes da chegada destes ao Alto Uruguai. Esta ocupação teve como pioneiros os imigrantes alemães em 1824, seguidos pelos imigrantes italianos em 1875, seguidos ainda por menor número, imigrantes poloneses, austríacos, letos, húngaros, franceses entre outros.
Comunidade de Coxilha Seca
A viagem destas regiões para a região que correspondia a Comunidade de Coxilha Seca como era conhecido o território que atualmente corresponde ao município de Floriano Peixoto, demorava dias, sendo feita a pé, a cavalo, em burros, de carroça ou cargueiros.
Os colonizadores do território florianense encontraram toda região coberta por mata virgem, sem estradas, onde tiveram de abrir o caminho a facão, foice e machado para suas terras.
Comissão de Terras
No caso específico do atual município de Getúlio Vargas e, consequentemente, do território florianense, toda a área municipal foi colonizada exclusivamente pela Comissão de Terras, ao todo 436.716 hectares. O pagamento dos pequenos lotes de terra entregue pela Comissão de Terras era realizado através da prestação de serviços.
Primeiras famílias
Segundo relatórios da SMECD (2001), as primeiras famílias que povoaram Floriano Peixoto foram Rostirolla, Pauletti, Vanini, Webber e Butka, Malacarne, Coltro, Seminotti, Karpinski, Sandri e Scolari entre outros.
Os diferentes idiomas, as culturas, os hábitos, a família e a religiosidade, foram determinantes na forma como se deu a ocupação espacial das diferentes áreas do território que compõe o município. A partir de então, começaram a se formar as "sociedades", em que moradores de uma mesma comunidade se encontravam nos momentos de lazer.
Agricultura
Floriano Peixoto, ao longo de toda sua história, teve a agricultura e pecuária como principal fonte de ocupação e renda de sua população. Após a colonização e instalação dos agricultores em suas respectivas colônias no território florianense, estes adotaram o modelo agrícola que já lhes era conhecido, a agricultura familiar. Assim, a produção agrícola e pecuária vai gradativamente se estabelecendo em função e relação com o mercado, comércio, se destacando o cultivo de videiras (parreiras), a criação de suínos, bovinocultura de leite e a produção de grãos.
Formação administrativa
Distrito criado com a denominação de Floriano Peixoto (ex-povoado) pela Lei municipal nº 92, de 22-10-1949, subordinado ao município de Getúlio Vargas. Em divisão territorial datada de 1/7/1950, o distrito de Floriano Peixoto permaneceu no município de Getúlio Vargas. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1/7/1960. Elevado à categoria de município com a denominação de Floriano Peixoto, pela Lei Estadual nº 10.636, de 28-12-1995, desmembrado de Getúlio Vargas. Sede no antigo distrito de Floriano Peixoto. Constituído do distrito sede. Instalado em 1º/1/1997. Em divisão territorial datada de 2001, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. O nome dado é em homenagem ao emitente marechal Floriano Peixoto.
População
A população estimada, segundo dados de 2020, é de 1.737 pessoas, com uma densidade demográfica (2010) de 11,98 habitantes por quilômetro quadrado.
Trabalho e Rendimento
Segundo o IBGE, em 2018, o salário médio mensal era de 2.3 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 14.5%. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 36% da população nessas condições, o que o colocava na posição 107 de 497 dentre as cidades do estado e na posição 3357 de 5570 dentre as cidades do Brasil.
Educação
A taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade (2010) foi de 99,2%. O IDEB – anos iniciais do ensino fundamental (Rede pública), sem informação. O IDEB – anos finais do ensino fundamental (Rede pública), dados de 2017, foi de 5,1. Matrículas no ensino fundamental (2018): 137 matrículas. Matrículas no ensino médio (2018): 48 matrículas. Docentes no ensino fundamental (2018): 17 docentes. Docentes no ensino médio (2018): 10 docentes. Número de estabelecimentos de ensino fundamental (2018): 3 escolas. Número de estabelecimentos de ensino médio (2018): 1 escolas.
Economia
O PIB per capita segundo dados de 2017 foi de R$ 25.691,08. O percentual das receitas oriundas de fontes externas (2015) foi de 78,1%. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), dados de 2010, foi de 0,663 o que situa o município na faixa de Desenvolvimento Humano Médio (IDHM entre 0,600 e 0,699). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade, com índice de 0,854, seguida de Renda, com índice de 0,701, e de Educação, com índice de 0,486.
O total de receitas realizadas em 2017 foi de R$ 15.320,70 (×1000) e total de despesas empenhadas em 2017 foi de R$ 11.065,22 (×1000).
Saúde
Não tem informações no IBGE sobre mortalidade infantil, óbitos por mil nascidos vivos e internações por diarreia. O município tem um estabelecimento de Saúde SUS.
Território e ambiente
Floriano Peixoto apresenta 22.2% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 93.8% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 0% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio). O bioma é de mata atlântica.