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Blog do Neivo Zago

Neivo Zago

Mataram-me e eu nem sabia

Por Neivo Zago

Não fosse hilário, teria sido trágico. Literalmente, “mataram-me e eu não sabia”. A notícia correu pelo facebook, por onde não costumo navegar, mas que muitas pessoas se acham competentes e inteligentes para lerem e sequer entenderem o que está escrito. Alguém já disse que a internet deu voz a uma plateia de imbecis que, particularmente, acho, não deveriam se expor ao ridículo e, sim voltar às primeiras séries escolares.

- Neivo, tudo bem, - pergunta no telefone a prima Dirce, para certificar-se de que eu não havia morrido, pois segundo ela, uma vizinha lhe teria dado a nota de pesar. Essa história de me matarem acidentalmente e antecipadamente, não é novidade; pois já havia ocorrido antes. Belisquei-me, apalpei-me. Menos mal senti a vida ainda pulsar. A outra vez, quando me mataram, foi quando morreu o prof. Giocondo, com o mesmo sobrenome. Em tom de brincadeira costumo perguntar ao meu colega da Academia da Unimed, Vitório com seus 93 anos, bem como a Da. Otília, mais resolutos e fortes do que eu. Você “prefere morrer dormindo, ou acordar morto”. Eu prefiro a segunda opção.

Feliz e infelizmente as boas e más notícias correm livres leves e soltas e sempre há os curiosos de plantão que se deliciam em contar as novidades, como em um conto, aumentando um ou mais pontos, para dar mais sensação ao enredo. Se bem que, morrer é apenas a maior certeza da nossa existência. No meu caso, tenho como premissa que hoje, ou amanhã podem ser meus últimos dias. Um dia eu acerto. Nesta peregrinação terrestre costumo repetir, somos todos passageiros, menos o motorista e o cobrador, (este já em extinção); as tripulações dos navios trens e aviões, sem mencionar que tudo na vida passa; até a uva-passa, passa.

E quando isso acontecer, eu não fugirei a regra dos que partem: deixarei tarefas inacabadas, projetos em andamento e sonhos não realizados. O Importante é viver esta vida com propósitos e chegar à transcendência. Como não nos é permitido não levar bagagens; porém não poderemos chegar de mãos abanando e, sim, com um histórico que valeu a pena ter passado por aqui, porque o Criador nos vai cobrar segundo os talentos que Ele nos confiou.

Mais tarde a colega da AEL Helena advertiu-me desses comentários no mesmo canal facebook, a respeito da minha morte que eu não morri. E, posteriormente, a também colega Neiva e a Lucila, dentre outros, se referiram ao assunto e que, por isso a todos, fico agradecido pelo interesse.

De qualquer sorte, quase próximo de completar sete décadas e meia, embora distante da minha jovialidade, sonho em viver, ainda alguns bons anos e que eles sejam recheados de propósitos, até porque sem eles a vida não faz sentido e, que eu, continue sendo útil nas minhas boas intenções de escrever estes textos.

Menos mal que no grupo da família Vogel, a Cleusa, o Clédio entre outros compreenderam a essência do meu texto; elogiaram a minha intenção primeira, a qual era a de render a última homenagem à Dilce Maria e, não como alguns que, se ao menos entendessem que morto não pode mais escrever; só mesmo em um pesadelo.

Por fim, sugiro a esse pessoal “assassino” pensar, antes de me matar da próxima vez e que entrem em contato comigo pelos meios sugeridos, antes de assustar os meus parentes e amigos. E que não permitam que outros meus amigos mais achegados sejam apanhados de surpresa com uma notícia tão fúnebre. Porém, uma coisa é certa. Quando de fato eu morrer eu tenho certeza que muitos não tomarão conhecimento, outros saberão dias após do corrido.

Pois, é assim mesmo o curso da existência, (idas, e vindas nascimentos e falecimentos) e, comigo não será diferente. Enquanto isso, vamos em frente, até porque atrás vem muita gente e até gentalha!

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