Li e reli, e aconselho que você leia o texto escrito (22/08), pelo colega R. M Ferron, vizinho, neste jornal, todas às sextas-feiras. Ele é um experto na área, portanto suas considerações merecem toda a atenção e credibilidade. Ele enfatiza os prós e contras, infelizmente estes tendem a se superar, o que não deixa de ser normalidade, até porque, se não todos, mas a maioria das iniciativas e empreendimentos nos quais há ingerência governamental a roubalheira, corrupção e o desvio do dinheiro público estão presentes. Portanto...

Há dias ouviram-se insatisfações de alguns governantes estrangeiros a respeito do local, da infraestrutura e dos preços exorbitantes praticados por ocasião da Cop-30. Infelizmente essa lógica perversa está arraigada e alastrada em muitas das operações governamentais e, pior ainda sobra pra quem? Nem precisa responder.

Mais recentemente, pesquisando no Google vi estarrecido que o governo (seria este o termo?), gastará 260 milhões de reais com navios de luxo paro cobrir rombos, (ou seria roubos), de falta leitos. A poucos dias da COP, menos de 30% dos países, ou seja: 47 confirmaram presença. É mais ou menos o percentual de credibilidade que ele goza na população mundial. Importantes nações sequer enviaram representantes. Porém, os cinquenta convidados do governo para compor a delegação, custariam um milhão de reais, por dia. Mixaria. Parece que o Conduzido com seu cônjuge e convidados especiais vão se hospedar, durante o evento em um iate que gasta consome 150 litros de combustível por dia, isto é bem de encontro aos objetivos da conferência.

No mesmo viés, a “Plataforma oficial da COP-30 há diárias de até 20 mil e escancara vexame internacional”. Isto é se os valores são exorbitantes para muitos países ricos, que dirá para os menos aquinhoados! Ou seja: Repercutem-se apenas notícias vexatórias, o que não deixa de ser novidade, pois o que vem do inferno nada pode ser bom e, fazendo uma analogia: vinda de um governo com baixa credibilidade, confiança e legitimidade, não se podem esperar gratas surpresas. Ou ainda, segunda o adágio popular: “de onde a gente menos espera, aí é que não vem nada mesmo”.  Isto é quem de fato e de direito deveria ter se preparado com a infraestrutura necessária, deixou de cumprir as suas responsabilidades. Isso me leva mais uma vez a concluir: “a res publica!” (a coisa pública) é de todos para usar, usurpar, roubar, delapidar, mas na hora h, não aparece ninguém para se responsabilizar.

Ao que tudo indica e pelo andar da carruagem, amigo e colega Ferron os prós serão vencidos de goleada pelos contras de maneira vexatória. O resultado será mais avassalador do que o 7 x 1 na Copa do Fundo quando o Brasil foi nocauteado pela Alemanha.   

Particularmente tenho muitas reservas a respeito desses encontros, os quais envolvem um número expressivo de presidentes, muitos dos quais acompanhados por nada parcimoniosa comitiva, (como acontece com o Brasil), porque não passa de formalidades quando são firmados acordos, a maioria dos quais ficam apenas registrados nos papéis e nas boas intenções. Não somente Assembleias desta e de outras naturezas, bem como organizações criadas (ONU, OTAN, USAID e afins), para resolverem problemas humanitários e minimizarem outros, como é o caso do clima.

Os Estados Unidos potência mundial que o Conduzido e o STF tentam peitar não enviou representantes ao evento e, notícias circulam que o presidente desta nação cobra os 4,5 bilhões de dólares que enviava costumeiramente para ajudar o Brasil na manutenção da mata amazônica, subsistência dos povos indígenas, a maioria deles passando por seria dificuldades. Ou seja, dinheiro certamente desviado para outras causas espúrias ou que sub-repticiamente escoou pelo ralo. O pior é que a imprensa de conluio com o governo omite a maioria desses imperdoáveis deslizes.

P.S.: Abraço especial aos que se referiram sobre os últimos textos: Renato Mocellin, Ademir da Rosa, o primo Zeca, Armindo Kirst, dentre outros.